O carnaval, historicamente, era um período anual de festas profanas na Antiguidade; festas cercada por orgias, comilanças, permisividade, danças, mas que acabou se perdendo nos tempos. O Cristianismo, a Igreja, recuperou o espírito festivo dessa antiga celebração pagã, purificando-a porém de seu conteúdo pagão, permissivo, imoral, dando-lhe novo sentido: o de preparar o coração e o espírito dos cristãos para a Quaresma e a Páscoa.
Desse modo, o carnaval tornou-se na Igreja antiga, um tempo de festejos populares, ruidosos, celebrado no período de três dias antes da Quarta-feira de Cinzas, quando começa a Quaresma. Havia bailes, danças, folguedos populares, fantasias, farta comida e bebida. Era uma despedida da carne vermelha, gordurosa. Isso acontecia na terça -feira, que era chamada então de "Terça-feira gorda".
Depois do tempo "gordo" começava a Quaresma, com toda a sua força penitencial caracterizada pelos rigorosos jejuns, abstinência de carne vermelha, intensas orações e celebrações penitenciais. A abstinência da carne vermelha criou o hábito de se comer carne de peixe - costume que vigora até hoje.
Com esse período de folgas, danças, comidas gordurosas e bebidas , o cristão dava um "adeus à carne" - expressão essa que em latim se diz "carni vale". É daqui que procede a palavra carnaval.
Hoje em dia o carnaval perdeu seu sentido primeiro de festa popular em preparação para a Qauresma e Páscoa. Virou só festa popular, com todos os ingredientes apimentados que conhecemos. E não é celebração de preparação para a Quaresma e Páscoa, mas de liberação geral onde tudo é permitido. (Voltou assim à sua raiz na antiuiguidade! ). E já não é mais celebrado em três dias, mas em quatro, cinco, uma semana, um mês! É tão importante no Brasil essa festa popular que a vida nacional, política, comercial, social, esportiva etc só começam "depois do carnaval" - tempo esse que ninguém sabe quanto tempo dura!!
Nenhum comentário:
Postar um comentário