Na casa de meu Pai há muitas moradas

No texto do Evangelho deste domingo, dia 22 de abril diz Jesus: "

"Não fique perturbado o coração de vocês...Existem muitas moradas na casa de meu Pai.... Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida... quem acredita em mim fará as obras que eu faço e fará maiores do que estas" (João 14,1-12, passim). Essa Palavra do Senhor está no evangelho proclamado hoje, dia 22 de abril, na liturgia da Santa Igreja. Que crê no Senhor Jesus, não fica perturbado nunca, pois ele é a segurança, ele é o Caminho, a Verdade e a Vida. Quem nele crê e o segue, fará obras muito grandes neste mundo, como Jesus fez , e até maiores, isto é criará outros novos sinais de vida para a Comunidade, abrindo espaços de esperança, de solidariedade, de vida fraterna. Participará uma dia da Família de Deus, com todos os irmãos na moradas celestes, pois Deus "fez casas" para todos no seu Reino. Família é vida de todos com o Pai.

Hoje no Brasil é beatificada, declarada santa da Igreja de Deus a Irmã Dulce da Bahia. Ela foi uma figura modelar no seguimento de Jesus; ela fez "coisas maiores" que foram seu imenso amor, sua imensa prática da caridade com os pequenos, os pobres, os sofredores, os doentes, os marginalizados. Ela seguiu o Caminho, a Verdade, a Vida que é Jesus. Por isso, ela se tornou modelo de vida, e encontrou a verdadeira Vida na morada que Deus lhe preparou.

"Beata Irmã Dulce , santa dos dos pobres brasileiros, rogai a Deus por todos nós".

A Ressurreição

Escrevi, dias atrás, sobre dois temas interligados: as narrativas da ressurreição e seus sinais. Fiquei de escrever no dia seguinte sobre a ressurreição - o que não pôde ocorrer no dia marcado. Coisa que faço hoje.
Os evangelhos trazem sinais da ressurreição: a pedra do sepulcro removida, os panos no chão, o sudário à parte, o túmulo vazio. A seguir os evangelistas fazem relatos sobre o aparecimento do ressuscitado: a Madalena, aos discípulos; anda com os caminheiros de Emaús, come com os apóstolos, assa peixe e pão, manda Tomé apalpar suas mãos e pés. Tais relatos são do gênero litérário das teofanias, isto é, sobre aparecimento de Deus. Há muitos desses relatos no Antigo e no Novo Testamentos. Todos eles trazem grandes verdades da fé. No caso dos relatos sobre a ressurreição a grande verdade que afirmam é esta: "Jesus Cristo, morto, está vivo no meio de nós. Ressuscitou!". A maneira de dizer isso é um gênero litpérário para acentuar a realidade do fato. Ressurreição quer dizer Vida, e Cristo é Vida ("Eu sou a ressurreição e a Vida" João 11.15). Ressurreição não é a volta de um cadáver à vida. Ressurreição é a transformação gloriosa do ser humano, corpo e alma, alcançando a plenitdude de vida a que Deus nos destinou. É a destruição de uma casa e a conquista de uma mansão celeste; é o desvestir da mortalidade e o revestir -seda imortalidade. (1Coríntios 15). É deixar o relativo e mergulhar no Absoluto; é deixar o temporal e alcançar o eterno, é deixar a morte e receber a Vida plena em Deus. Ressuscitados estaremos formando a Igreja definitiva, com todos os seres humanos redimidos por Cristo. Viveremos num mundo novo relacional-eclesial; viveremos de corpo glorificado formando a "nova e definitiva" eclesía (igreja) de Cristo na Casa do Pai. E Deus será Tudo em todos.