segunda-feira, 2 de maio de 2011

A Ressurreição

Escrevi, dias atrás, sobre dois temas interligados: as narrativas da ressurreição e seus sinais. Fiquei de escrever no dia seguinte sobre a ressurreição - o que não pôde ocorrer no dia marcado. Coisa que faço hoje.
Os evangelhos trazem sinais da ressurreição: a pedra do sepulcro removida, os panos no chão, o sudário à parte, o túmulo vazio. A seguir os evangelistas fazem relatos sobre o aparecimento do ressuscitado: a Madalena, aos discípulos; anda com os caminheiros de Emaús, come com os apóstolos, assa peixe e pão, manda Tomé apalpar suas mãos e pés. Tais relatos são do gênero litérário das teofanias, isto é, sobre aparecimento de Deus. Há muitos desses relatos no Antigo e no Novo Testamentos. Todos eles trazem grandes verdades da fé. No caso dos relatos sobre a ressurreição a grande verdade que afirmam é esta: "Jesus Cristo, morto, está vivo no meio de nós. Ressuscitou!". A maneira de dizer isso é um gênero litpérário para acentuar a realidade do fato. Ressurreição quer dizer Vida, e Cristo é Vida ("Eu sou a ressurreição e a Vida" João 11.15). Ressurreição não é a volta de um cadáver à vida. Ressurreição é a transformação gloriosa do ser humano, corpo e alma, alcançando a plenitdude de vida a que Deus nos destinou. É a destruição de uma casa e a conquista de uma mansão celeste; é o desvestir da mortalidade e o revestir -seda imortalidade. (1Coríntios 15). É deixar o relativo e mergulhar no Absoluto; é deixar o temporal e alcançar o eterno, é deixar a morte e receber a Vida plena em Deus. Ressuscitados estaremos formando a Igreja definitiva, com todos os seres humanos redimidos por Cristo. Viveremos num mundo novo relacional-eclesial; viveremos de corpo glorificado formando a "nova e definitiva" eclesía (igreja) de Cristo na Casa do Pai. E Deus será Tudo em todos.

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