terça-feira, 19 de outubro de 2010

Política, exotismo, religião

No dia 31 deste mês elegeremos o novo(a) presidente(a) do Braisl. Fato importante em toda democracia que se preze. O que não vale dizer que a nossa democracia seja exemplo para outras democracias. No atual embate por cargos políticos e votos, candidatos de todos os partidos têm enveredado pelos caminhos da religião, do exotico, do extravagante.
Num país cristão, de maioria católica, as investidas dos candidatos que se escoram na religão são logicamente de evangélicos e católicos. Exceções à parte. Nas primeiras eleições desconhecissimos candidatos se revestiram do manto religioso para tentar eleger-se. Houve aqueles que citavam seus cargos ou ministérios em igrejas; outros citavam passagens e livros bíblicos tentando convencer possíveis eleitores com a máscara da religião (nem sempre bem vivida) mais do que com projetos sociais, possíveis, necessários, urgentes. Ao final do primeiro turno, parece-me que nao foi a religião o melhor cabo eleitoral desses cidadãos, visto que a grande maioria deles não se elegeu. O apelo à religião se nivelou a extravagâncias , como a de candidatos e candidatas que recorriam a apelidos excêntricos que escapam às normas usais do bom senso dando mais valor à sua máscara do que à sua competência
Se numa democracia tais posturas são possíveis, deveriam ao mesmo tempo suscitar o espírito crítico da legislação eleitoral para que houvesse certa postura mais adulta, mais civilizada, menos caricata e infantil quando da inscrição de candidatos junto aos cartórios ou tribunais eleitorais. A democracia não pode ser assim banalizada.
Na última etapa do processo eleitoral que será a eleição do(a) presidente(a) do país a religião voltou aos palanques televisivos e da imprensa. Foram deixados em segundo plano, ou sumariamente lembrados, os projetos sociais, as propostas de governo, os problemas nacionais, as necessidades imensas do povo para deterem-se os partidos e candidatos na discussão de temas polêmicos que envovlem a opção religiosa. Sem dúvida as confissões religiosas têm direito, numa democracia, a levantarem sua voz quando candidatos qurendo surfar nas ondas da religião pretendem fazer-se intérprete da fé.
Nesse sentido, têm razão as posições da CNBB quando oficialmente de se pronuncia e doutras denomições religiosas sérias.