domingo, 11 de setembro de 2011

Perdão e inclusão

O Evangelho de Jesus Cristo sublinha repetidas vezes a importância do perdão. Até diz que se deve perdoar setenta vezes sete - expressão que na lingua hebraica equivale a sempre, sempre! E quando a Escritura fala em perdão não entende apenas e tão somente uma falta cometida por alguém e que seria objeto do perdão. Pode ser também. Mas o importante na ótica bíblica é integração, reintegração, inclusão da pessoa, que por um erro uma falta, se sente ou sentiu-se fora da comunnidade (seja ela familiar, social ou religiosa). O perdão não pode ser então uma mera formalidade nas relações, no relacionamento, mas uma atitude fundamental de comunhão, recuperação da pessoa que errou. Daqui procede então o fato de a Igreja católica designar a "confissão" sacramental como Reconciliação. O perdão quem dá é Deus. A mediação é feita pela pessoa responsável pela Comunidade. Reconciliar quer dizer tornar conciliável, recuperar, incluir novamente. A liturgia da Palavra, desse domingo em que escrevo, é maravilhosa, fecunda e esperançosa. Insiste mais na eterna misericórdia do Pai, no seu imenso amor do que na falta, no erro nosso. Então fica assim: se Deus tem uma imensa misericórdia é porque exitem imensos pecados. Deis é essencialmentePai misericordioso.